Energia solar: investimento e sustentabilidade
O mercado fotovoltaico de geração distribuída já atinge, neste ano de 2018, mais de R$ 2 bilhões de faturamento, atraindo novos investimentos e chamando a atenção para uma energia limpa, renovável, com impacto ambiental insignificante. Um dado relevante é o crescimento, em todo o país, do número de instalações que utilizam a fonte de energia solar: em residências, no comércio e na indústria – com maior destaque; no poder público e no meio rural – com um bom início, o que demonstra a oportunidade desse mercado e sinaliza uma força no desenvolvimento sustentável regional. Se olharmos para o crescimento da participação geral dos municípios neste ano, por exemplo, somaram-se as duas mil cidades já existentes mais 500 com pelo menos um sistema instalado, um aumento de 25%, o que confirma o grau de impulsionamento do setor.
A Região Sudeste, em especial, tem recebido um considerável volume de investimentos, posicionando o Rio de Janeiro entre os estados brasileiros com o maior número de sistemas conectados à rede de geração distribuída. Além disso, quase metade das empresas integradoras estão localizadas nesta região. Tais empresas são as que fornecem a solução completa para o cliente, desde o sistema do painel solar, sua instalação, até a conexão com a rede distribuidora.
Esse setor, no último ano, registrou uma alavancagem de 80%, gerando uma média de seis novos empregos por empresa integradora, promovendo também uma maior capacitação técnica de seus profissionais, fundamentada na exigência da própria atividade. Essa onda de crescimento das empresas integradoras vem impactando na queda dos preços dos equipamentos e dos serviços de instalação e de manutenção, principal fator de alavancagem das vendas, o que demanda soluções de financiamento cada vez mais adequadas.
Nesse sentido, a AgeRio, no desempenho de sua missão – o fomento, por meio de soluções financeiras, do desenvolvimento sustentável do Estado do Rio de Janeiro – estruturou uma linha de financiamento própria para apoiar projetos de ecoeficiência. Em relação à energia solar, financiamos a aquisição e a instalação de sistemas, com a possibilidade de parcelamentos em até dez anos, incluídos prazos de carência de até três anos, de acordo com o projeto.
O momento é propício para a geração de uma energia limpa e mais viável em substituição a uma energia mais poluente e mais cara. Se acrescentarmos ainda a geração de emprego e renda para no Rio de Janeiro, podemos afirmar que o saldo final supera as expectativas: ganham o consumidor, a empresa, o Estado e o meio ambiente.
Dara de Souza e Silva – diretora de Operações da AgeRio